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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

TRAÇA DA VIDEIRA – PRAGA QUARENTENÁRIA A1 E QUE COLOCA EM RISCO A VITICULTURA BRASILEIRA.


A traça, Lobesia botrana é uma praga quarentenária A1, para o Brasil, de importância mundial para o cultivo da videira, ocorrendo endemicamente em toda as regiões viticolas principalmente da Europa, da África e Ásia. Além da videira, a praga é hospedeira da pêra, kiwi, maçã e outras tantas espécies frutíferas.
De acordo com a literatura a primeira identificação da Praga ocorreu na Áustria no ano de 1800. A partir este momento, sua dispersão, provavelmente ocorrida por via portuária foi progressiva. Em 1854 foi identificado na Alemanha, em 1865 de Rússia, em 1869 na Hungria, em 1879 na Espanha, em 1880 na Suíça, em 1890 na França e em 1908 de Luxemburgo. Agora mais recentemente, em abril de 2008, foi detectada pela primeira vez na América, mais precisamente no Chile, colocando aquele país e seus visinhos em estado máximo de alerta, em virtude do risco potencial que existe desta praga se disseminar para as nossas regiões produtoras de uva.
Trata-se de uma mariposa com cerca de 10 – 13 mm de envergadura possuem asas acinzentadas com algumas manchas castanhas escuras de forma irregular.
Os ovos são semelhantes a uma escama com cerca de 1 mm, de coloração branca amarelada e brilhantes quando expostos ao sol.
As larvas apresentam dimensões que evoluem desde 1 mm até 10 mm de comprimento, apresentando uma coloração que vai do amarelo esverdeado até o acastanhado.
A Lobesia Botrana, normalmente, apresenta 3 gerações. Hibernam na forma de pupa, casulo castanho escuro, escondidas nas fendas da casca da videira, nas folhas caídas e no solo.
Das pupas resultam os adultos da 1ª geração que irão fazer as posturas junto aos botões florais. Nesta geração a traça é identificada pela presença de ninhos nas inflorescências (fios de seda que envolve os botões florais). Aproximadamente 8 dias mais tarde começam a sair as primeiras larvas que envolvem os botões florais com fios de seda.
Nas gerações seguintes, as posturas são feitas nos bagos sendo que mais tarde é possível identificar perfurações efetuadas pela traça. As lagartas ou traças da 2ª geração aparecem normalmente na fase fonológica da planta conhecida como bago de ervilha ou no fecho dos cachos e, as da 3ª geração, geralmente manifestam-se na maturação da uva.
Os estragos provocados pelas perfurações das lagartas provocam, no caso das uvas de mesa, prejuízos diretos com grande desvaloriza o produto e com enormes restrições fitossanitárias no mercado domestico e mundial. As perfurações nos bagos provocam, também, prejuízos indiretos pois o dano comporta-se como uma “porta de entrada” para desenvolvimento de podridões provocados por pragas oportunistas e consequentemente a introdução de micotoxicas resultante desta contaminação. Estes prejuízos são verificados tanto na produção de uvas de mesa, como nas uvas destinadas a vinificação.
É estratégico para o setor que toda a estrutura de vigilância fitossanitária do pais estejam alerta para o risco da introdução desta praga em nosso território.
Os produtores, responsáveis técnicos e os fiscais agropecuários devem monitorar permanentemente as unidade de produção e no primeiro sinal de suspeita da praga, comunicar as autoridades sanitárias dos estados e do pais para a realização do diagnostico oficial.

Um comentário:

Anônimo disse...

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