Páginas

diariocatarinense.com, clicRBS

Pesquisar neste blog

sábado, 8 de novembro de 2008

Nova praga dos citros


Citricultores paulistas constatam uma espécie de besouro da família Cerambycidae pertencente à tribo Ibidionini do gênero Hexoplon, como sendo uma nova praga dos pomares de citros.
De acordo com os técnicos, existem 2 espécies de Cerambycidae relatadas que possuem grande importância econômica para o setor, sendo elas: Diploschema rotundicolle (broca dos ponteiros) e Macropophora accentifer (broca do tronco). Ambas são conhecidas como coleobrocas e estão amplamente distribuídas pelo estado. Aparecem em surtos populacionais provocando prejuízos diretos pela queda dos frutos, no caso D. rotundicolle e indiretos pela abertura de galerias nos ramos e troncos das árvores. Comportamento praticado tanto por D. rotundicolle como por M. accentifer. Por exercerem seus nichos ecológicos pelo interior da planta torna-se de difícil controle podendo provocar, em algumas situações, até a erradicação de pomares.
Para agravar a situação fitossanitária, os produtores terão que dividir a atenção com uma terceira espécie do besouro que tem provocado severos prejuízos aos pomares em várias regiões produtoras do estado.
A família Cerambycidae constituem um dos maiores grupos de coleóptera, com aproximadamente 35.000 espécies descritas no mundo. A maioria, na fase larval,é composta por espécies fitófagas com amplo espectro de fonte de alimentação, principalmente madeiras mortas, mas também podem ocorrer em plantas vivas, sementes e raízes. Com esse tipo de hábito alimentar, os cerambicídeos desempenham um papel muito importante na reciclagem da matéria vegetal morta, reduzindo-a a pó, ao passo que as galerias abertas pelas larvas facilitam a penetração no interior da madeira, de água e microrganismos decompositores. Por outro lado, esses insetos tornam-se causadores de prejuízos quando habitam o agroecossistema e atacam as plantas de interesse agrícola.
Embora espécies da tribo Ibidionini sejam bem estudadas do ponto de vista taxonômico e da distribuição geográfica, pouco se sabe sobre sua biologia e suas plantas hospedeiras. Para esta espécie que está sendo constatada, ainda não existe nenhum registro para a cultura do citros em outras regiões do Brasil. Como a intensidade de ramos com os sintomas do ataque têm aparecido entre os meses de maio e junho de cada ano, pressupõe-se que o inseto possua um ciclo biológico anual, como acontece com a maioria das espécies de Cerambicídeos.

Nenhum comentário: