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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Radiação ionizante, como medida fitossanitária para tratamento de produtos veiculadores de pragas


O uso da radiação como tratamento fitossanitário com fins quarentenários vem ganhando cada vez mais espaço e atenção dentro do segmento produtivo nacional e intenacional. As autoridades de vigilância sanitária de 37 países, incluindo o Brasil, aprovaram a irradiação de 40 tipos distintos de alimentos, que englobam especiarias, grãos, carne, frutas e legumes.
Este processo tem a finalidade de eliminar pragas ou interferir no seu desenvolvimento causando a interrupção completa do seu ciclo de vida, bem como provocar a desvitalização de materiais de propagação e multiplicação indesejáveis. A irradiação impede a multiplicação de microrganismos que causam a deterioração do alimento, tais como bactérias, fungos, insetos, etc., pela alteração de sua estrutura molecular, como também inibi a maturação de frutas e legumes, através de alterações no processo fisiológico dos tecidos da planta.
Esta medida fitossanitária permite, com segurança, impedir a introdução e a disseminação de pragas, nas diferente modalidades de comercialização de plantas, parte de vegetais ou produtos de origem vegetal.
O processo consiste em submeter os produtos, embalados ou a granel, a uma quantidade minuciosamente controlada dessa radiação, por um tempo prefixado e com objetivos bem determinados.
Os principais tipos de radiações ionizantes são as radiações alfa, beta, gama, raios X e nêutrons. As radiações ionizantes podem ser classificadas como partículas (ex: radiação alfa, beta e nêutrons) e como ondas eletromagnéticas de alta freqüência (radiação gama e raios X ou feixe de elétron).
Este processo envolve a exposição do alimento, embalado ou não, a um dos três tipos de energia ionizante: raios gama, raios X ou feixe de elétrons. Isto é feito em uma sala ou câmara especial de processamento por um tempo determinado. A fonte mais comum de raios gama, para processamento de alimentos, é o radioisótopo 60Co. O alimento é tratado por raios gama, originados do Cobalto 60 em uma instalação conhecida como irradiador.
A irradiação funciona pela interrupção dos processos orgânicos que levam o alimento ao apodrecimento. Raios gama, raios X ou elétrons são absorvidos pela água ou outras moléculas constituintes dos alimentos, com as quais entram em contato. No processo, são rompidas células microbianas, tais como bactérias, leveduras e fungos. Além disso, parasitas, insetos e seus ovos e larvas são mortos ou se tornam estéreis.
Existe uma ampla gama de alimentos que podem ser tratados com radiações ionizantes com a finalidade de conservação. No entanto para ilustrar os efeitos da medida, Informações técnica dão conta que a banana quando submetidos às radiações ionizantes, sua vida útil passa de 15 dia para 45 dias. No caso da batata esse tempo passa de um mês para 6 meses.
Os produtos que foram irradiados podem ser transportados, armazenados ou consumidos imediatamente após o tratamento.
Alem de aumentar o tempo de prateleira e de estocagem de muitos alimentos a custos competitivos, o processo fornece uma alternativa ao uso de fumigantes e substâncias químicas, muitas das quais deixam altamente danosas a saúde e ao meio ambiente.
Assim, apesar de cientificamente aceito como um excelente método de conservação de alimentos e de atualmente ser o único capaz de tornar inativos os patôgenos em alimentos crus e congelados, o progresso no uso comercial da irradiação tem sido lento. Interpretações errôneas e a falta de informações têm limitado o uso desta tecnologia.
Nem a energia gama, nem os níveis internacionais estabelecidos para aceleradores de elétrons podem fazer com que o alimento se tome radioativo. O processamento por radiação não torna o alimento radioativo da mesma forma que os raios X usados para a segurança em aeroportos não tornam as bagagens radioativas.
Os subprodutos gerados pela irradiação, em quantidades extremamente reduzidas, são chamados radiolíticos. Eles são inofensivos à saúde humana e úteis como marcadores da irradiação, permitindo identificar se um produto foi ou não irradiado e em que dosagem.
Desta forma, o tratamento por irradiação pode vir a ser uma boa alternativa para a desinfestação de produtos, subprodutos, resíduos e material de propagação de diversos produtos agrícolas de importância econômica para o estado. Entendo que o momento é de iniciar uma discussão sobre o tema para quem sabe, viabilizar a estrutura, no sentido de atender os requisitos fitossanitários exigidos pelo mercado.


Osmar Volpato

Um comentário:

Anônimo disse...

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