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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Novas pragas do eucalipto avançam a “passos largos”


Possivelmente procedente da Austrália, o percevejo bronzeado do eucalipto, foi detectado, em maio, no Rio Grande do Sul, e no fim de junho, em São Paulo. 'O ponto inicial do percevejo foi Jaguariúna', diz o professor Carlos Frederico Wilcken, da Unesp de Botucatu (SP).
O percevejo bronzeado - que causa desfolha e deixa o galho escuro, com aspecto 'bronzeado' - já está em 18 municípios, como Campinas, Sorocaba, Botucatu e Bauru.
A disseminação é rápida. A praga percorre de 40 a 50 quilômetros por semana. O inseto é encontrado em rodovias, o que indica que a disseminação esteja sendo facilitada por caminhões, diz Wilcken, acrescentando que, provavelmente, a praga foi introduzida no País por aeroportos ou por plantas trazidas ilegalmente.
Como a praga é recente, métodos de controle estão sendo estudados. A opção de controle natural é uma vespa, já usada na África do Sul, que parasita os ovos do inseto. 'Estamos avaliando o uso no Brasil.' Há, ainda, inseticidas biológicos, à base de fungos, diz o professor.
A outra praga é a vespa-da-galha, identificada em março, no norte da Bahia. Conforme Wilcken, foi o primeiro registro do inseto na América do Sul. 'Essa vespa, de 1 milímetro de comprimento, pica as folhas novas, de ponteiro, e forma a galha, uma espécie de tumor. A larva se instala, atrofia os ramos, seca o ponteiro da árvore e paralisa seu crescimento', explica. As plantas infestadas na Bahia foram cortadas e queimadas.
Ainda não existe controle da vespa-da-galha. 'É necessário dimensionar o nível de prejuízos para que se possa estabelecer os métodos de controle. Serão trazidos inimigos naturais e selecionados os possíveis tratamentos fitossanitários, adianta o professor. Em relação à entrada da praga no País, é provável que tenha sido também por aeroportos. 'Pode ter vindo com pedaços de ramos, ilegamente, ou acidentalmente, na bagagem de visitantes.'
Solicitamos a todos os fiscais, responsáveis técnicos e produtores que suspeitarem da presença de uma das pragas, comunicar ao serviço de defesa sanitária vegetal do seu Estado para que possa comprovar e notificar o Ministério da Agricultura.

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