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domingo, 21 de setembro de 2008

Vazio sanitário é medida quarentenária eficaz contra a ferrugem da soja


Produtores Catarinenses atendem a determinação da Portaria SAR nº 15/2008 da Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural e não fazem plantio de soja entre 15 de junho a 15 de setembro, período estabelecido como vazio sanitário da praga ferrugem asiática.
Com o término da quarentena sanitária e inicio do cultivo da safra, a Cidasc inicia o monitoramento da praga com o objetivo de alertar o produtor, em tempo hábil, para as ocorrências de ferrugem em plantas, indicando a presença do fungo nas regiões e consequentemente emitido avisos para o efetivo controle.
Os produtores devem ficar alerta, mesmo nos plantios iniciais, realizando monitoramento a partir dos primeiros estágios de desenvolvimento. Identificado os sintoma da praga os produtores devem comunicar aos técnicos da CIDASC para que seja confirmada a suspeita. A Cidasc estará disponibilizando serviço de apoio laboratorial para a realização do diagnóstico da praga em vários pontos do estado.
O vazio sanitário é uma das estratégias para o controle da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), doença que nos últimos anos tem provocado diversos prejuízos à cultura. Na safra 2006/2007, US$ 615,7 milhões foram perdidos com as 2,67 milhões de toneladas que foram atingidas com a ferrugem.
O objetivo do vazio sanitário é reduzir o inóculo do fungo na entressafra, visando diminuir a incidência da doença e aplicações de fungicida no período vegetativo.
O vazio sanitário, que já vem sendo adotado por outros estados produtores, tem como finalidade impedir que as condições para a sobrevivência do fungo sejam mantidas no campo na entressafra. As áreas de safrinha ou de produção de semente servem como ponte verde para o fungo, que necessita da planta viva para se manter vivo e se multiplicar.
Em 2007, foi publicada pelo Mapa a Instrução Normativa Número 2, que instituiu o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS). Entre outras diretrizes, a IN estabelece que os estados deveriam criar seus Comitês Estaduais de Controle da Ferrugem Asiática da Soja e que as instâncias intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) em cada estado, deveriam estabelecer um calendário de semeadura de soja, com um período de pelo menos 60 dias sem a presença de plantas cultivadas ou voluntárias.
A determinação do Mapa, em santa Catarina, foi regulamentada pela portaria 15/2008, de 07/08/200 da Secretaria de Agricultura e desenvolvimento rural de SC. Ela proíbe o cultivo e implantação de soja, a manutenção de plantas vivas, exceto para pesquisa, que tem regras específicas durante o vazio sanitário.
Desta forma, de 15 de junho a 15 de setembro ficaram proibidas áreas de cultivos de soja em SC.
O não cumprimento das regras estabelecidas pelo vazio sanitário acarreta em penalidades que vão de advertência, multa, até a interdição da propriedade.
O serviço de Defesa Sanitária Vegetal da CIDASC é responsável pela fiscalização das áreas de cultivo no estado.
Para que os produtores possam se relacionar com os técnicos da fiscalização no apoio ao monitoramento e/ou denunciar a não conformidade do regulamento, a Cidasc disponibiliza um disk denuncia através do telefone 0800 6446510.

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