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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

SIGATOKA NEGRA

Importância da doença
A sigatoka negra, tanto por sua agressividade em diferentes cultivares como pelos curtos períodos de incubação e rapidez na disseminação dos esporos, atualmente é a mais séria e destrutiva doença da bananeira em todas as áreas produtoras. Frutos de plantas severamente atacadas amadurecem precocemente na planta ou não completam seu desenvolvimento.

Biologia do patógeno
Paracercospora fijiensis (Morelet) Deighton
Conídios obclavados a cilíndricos, hialinos, retos ou ligeiramente curvos com 1 a 10 septos, afilados no ápice. A principal característica é a cicatriz na base do conídio (hilo basal proeminente). Os conidióforos são retos ou curvos com 0 a 5 septos, normalmente geniculados e com cicatrizes nos pontos de inserção dos esporos, são produzidos isoladamente e emergem dos estômatos a partir de lesões do tipo estria de coloração marrom-clara.

Mycosphaerella fijiensis Morelet
Peritécio anfígeno, globoso, ascosporos hialinos, fusiformes clavados, bicelulares.
Sintomatologia

Ciclo da doença e epidemiologia
As melhores condições ao desenvolvimento do fungo são: variedades suscetíveis, temperaturas elevadas (superiores às 21ºC ) e período chuvoso prolongado. A infecção se estabelece com a chegada dos esporos na superfície da folha vela (charuto), que germinam e penetram pelos estômatos. A disseminação da doença, tanto a curtas como longas distâncias, ocorre principalmente devido à ação da chuva e do vento. O uso de folhas infectadas colocadas nas embalagens para prevenir ferimentos, de caixas contaminadas e mudas infectadas, também constituem um meio eficiente na dispersão dos esporos do fungo para áreas livres da doença. A produção de ascósporos em um bananal pode ser de 10 a 100 vezes superior à produção de conídios.

Práticas de manejo
- Eliminação de bananais abandonados;
- Monitoramento da doença, para determinar a melhor época de controle;
- Desfolha fitossanitária, corte e cirurgia de folhas atacadas
- Cultivares como FHIA 01, FHIA 02, FHIA 18, FHIA 21, Thap Maeo, Prata Zulu, Preciosa, Prata Ken, Caipira, BRS Prata Caprichosa, BRS Prta Garantida, entre outras,
são mais tolerantes a doença;
- Drenagem dos solos encharcados;
- Adubação equilibrada seguindo as recomendações de análise de solo e foliar;
- Controle químico com produtos sistêmicos e protetores registrados.

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