São inúmeras as possíveis conceituações de pragas quarentenárias mas, em geral, podemos descrevê-la como sendo aquelas que apresentam grande capacidade de transmissibilidade requerendo das autoridades fitossanitárias locais, nacionais e internacionais, notificação imediata com o intuito de evitar sua introdução e/ou disseminação em regiões até então considerada indenes ou sob controle oficial do estado. Resumindo, praga quarentenária A2 são todas aquelas de importância econômica potencial, já presentes no país, porém não se encontram amplamente distribuídas e possuem programa oficial de controle fitossanitário.
A importância econômica de uma praga quarentenária presente é estimada em função dos fatores negativos provocado pelo seu dano como, por exemplo, perdas de mercado em função de barreiras fitossanitárias, perdas de produção e de produtividade, custos fitossanitários para seu controle, danos ambientais e o comprometimento da sustentabilidade da atividade agrícola.
Da relação estabelecida e publicada pela Instrução normativa 41/08 do Ministério da Agricultura, o estado de Santa Catarina conta com a presença de 5 pragas quarentenárias presente em seu território que são: a sigatoka negra; a traça da maçã (Cydia . pomonella); o cancro cítrico; a pinta preta ou mancha preta e a vespa da madeira, que ataca as florestas de pinus.
A sigatoka negra é considerada a enfermidade foliar mais destrutiva da bananeira. Tem como agente causal o fungo Micosphaerella figensis. A praga se propaga-se por meio de dois tipos de esporos, conhecidos como conídios e ascósporos. Os conídios ou esporos assexuais se formam nos ápice dos conidióforos e ocorrem a partir dos primeiros estádios da lesão na folha. Os ascósporos ou esporos sexuais se formam posteriormente em manchas mais evoluídas de coloração branco-acinzentado principalmente nas folhas mortas ou necrosadas da planta.
O nome da enfermidade advém da presença de manchas de coloração negra na superfície superior da folha que coalescem rapidamente exibindo uma queima generalizada de todo limbo foliar, reduzindo os tecidos fotossintetizantes da planta e conseqüentemente a produção de banana. Sintomas também são claramente observados nos cachos de banana procedente de plantas severamente atacadas, as quais tendem a amadurecer precocemente ou não completam seu desenvolvimento fisiológico necessário para maturação artificial e o consumo.
A disseminação do fungo é influenciada por fatores ambientais tais como: umidade, luminosidade, temperatura e vento. sendo que o vento e a umidade na forma de chuva são os principais responsáveis pela liberação dos esporos e disseminação da praga.
A principal forma de disseminação se dá por meio de mudas contaminadas e folhas infectadas. Por esta razão é terminantemente proibido transportar qualquer material, inclusive frutos, envolvidos com folhas de bananeira. São também importantes meios de disseminação da praga, onde os esporos do fungo permanecem viáveis por longos períodos, vestuário, pneus, caixas de madeira, papelão, plástico e ferro. Esta é a razão principal da obrigatoriedade da implantação do sistema de mitigação de risco da sigatoka negra para que os estados contaminados possam comercializar sua produção sem embaraço fitossanitário.
Além de Santa Catarina os estados Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo, formam os estados oficialmente contaminados com a praga.
A Cydia pomonella) conhecida como traça da maçã, a mariposa é considerada umas das pragas mais importantes da maçã no mundo. A praga não foi detectada nos pomares comerciais de macieira, somente em hospedeiros nas áreas urbanas dos municípios de Lages/SC, Bom Jesus, Vacaria e Caxias do Sul no estado do Rio Grande do Sul. Por causa este status, a C. pomonella é considerada uma praga quarentenária A2, pois se encontra estabelecida em áreas restritas e sob controle oficial das autoridades fitossanitárias.
As principais frutas hospederas, além da maçã, são: ameixa, damasco, marmelo, nectarina, pêra e pêssego. A nogueira européia também esta sendo considerada uma importante hospedeira, haja vista que foram identificados frutos altamente infestados com a praga.
O Programa Nacional de Erradicação da Cydia pomonella, coordenado pelo MAPA e pelos órgãos de defesa sanitária vegetal e que conta com a parceria efetiva de todos os entes da cadeia produtiva da fruta dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná iniciou o trabalho de monitoramento em em1997, quando foram capturados cerca de 22,5 mil insetos em mil e 80 armadilhas nas áreas infestadas. Na safra 2007/2008, portanto dez anos após, foram capturados apenas 51 insetos em mais de cinco mil armadilhas e, em 2008/2009, somente 25 insetos até agora. Lembramos que até o presente momento não foram dectectadas nenhum foco da praga no estado do Paraná.
O cancro cítrico causado Xanthomonas axonopodis pv. citri, é uma bactéria que ataca todas as variedades e espécies de citros e que por isso constitui-se numa das mais graves pragas da citricultura mundial. De acordo com a lista de pragas quarentenárias vigente os estados brasileiros contaminados são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
A pinta preta ou mancha preta foi registrada no Brasil pela primeira vez em 1980, no estado do Rio de Janeiro, afetando pomares comerciais de mexerica. E uma enfermidade causada pelo fungo Guignardia citricarpa, que afeta todas as variedades de laranjas doces, limões verdadeiros, tangerinas e híbridos. Além de Santa Catarina desfrutam do titulo de estados contaminados a Amazonas, o Espírito Santo, o Mato Grosso, o Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, o Paraná, o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul e São Paulo.
A vespa-da-madeira, Sirex noctilio foi introduzido no Brasil em 1988 e tornou-se a mais séria ameaça aos plantios de Pinus no país devido ao seu rápido estabelecimento, colonização e dispersão. O prejuízo às árvores é causado pelas larvas do inseto que se alimentam dos tecidos da planta. Na verdade as larvas consomem uma espécie de fungo simbionte, o Amylostereum areolatum, que é introduzida na madeira pelas fêmeas adultas no momento da postura.
A vespa-da-madeira ataca geralmente cultivos de pinus com alta densidade de plantas por hectare. Ela é extremamente nociva e muito agressiva em povoamentos mal formados ou submetidos a algum tipo de estresse (nutricional, seca, árvores dominadas, outros ataques de pragas, etc.).
Os sintomas externos do ataque da vespa são no terço médio superior da árvore, principalmente de setembro a janeiro, sendo notados pela presença de resina nos furos causados pelo ovipositor da fêmea. Após isso, começa a haver "queima das acículas" e afrouxamento da casca da árvore. As árvores atacadas perdem a coloração verde, ficando posteriormente com acículas marrom-avermelhadas, quando iniciam queda, evidenciando a sua morte.
Além de Santa Catarina Minas a lista de pragas quarentenárias A2 inclui os estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, como regiões com a presença da praga.
Estes são as pragas quarentenárias de Santa Catarina e que necessitam de certificação fitossanitária de origem para que as plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal possam ser comercializadas para o mercado nacional é internacional.
Nos próximos artigos estaremos abordando temas relativos as exigência fitossanitárias para que as unidades de produção possam receber a certificação fitossanitária para seus produtos।
A importância econômica de uma praga quarentenária presente é estimada em função dos fatores negativos provocado pelo seu dano como, por exemplo, perdas de mercado em função de barreiras fitossanitárias, perdas de produção e de produtividade, custos fitossanitários para seu controle, danos ambientais e o comprometimento da sustentabilidade da atividade agrícola.
Da relação estabelecida e publicada pela Instrução normativa 41/08 do Ministério da Agricultura, o estado de Santa Catarina conta com a presença de 5 pragas quarentenárias presente em seu território que são: a sigatoka negra; a traça da maçã (Cydia . pomonella); o cancro cítrico; a pinta preta ou mancha preta e a vespa da madeira, que ataca as florestas de pinus.
A sigatoka negra é considerada a enfermidade foliar mais destrutiva da bananeira. Tem como agente causal o fungo Micosphaerella figensis. A praga se propaga-se por meio de dois tipos de esporos, conhecidos como conídios e ascósporos. Os conídios ou esporos assexuais se formam nos ápice dos conidióforos e ocorrem a partir dos primeiros estádios da lesão na folha. Os ascósporos ou esporos sexuais se formam posteriormente em manchas mais evoluídas de coloração branco-acinzentado principalmente nas folhas mortas ou necrosadas da planta.
O nome da enfermidade advém da presença de manchas de coloração negra na superfície superior da folha que coalescem rapidamente exibindo uma queima generalizada de todo limbo foliar, reduzindo os tecidos fotossintetizantes da planta e conseqüentemente a produção de banana. Sintomas também são claramente observados nos cachos de banana procedente de plantas severamente atacadas, as quais tendem a amadurecer precocemente ou não completam seu desenvolvimento fisiológico necessário para maturação artificial e o consumo.
A disseminação do fungo é influenciada por fatores ambientais tais como: umidade, luminosidade, temperatura e vento. sendo que o vento e a umidade na forma de chuva são os principais responsáveis pela liberação dos esporos e disseminação da praga.
A principal forma de disseminação se dá por meio de mudas contaminadas e folhas infectadas. Por esta razão é terminantemente proibido transportar qualquer material, inclusive frutos, envolvidos com folhas de bananeira. São também importantes meios de disseminação da praga, onde os esporos do fungo permanecem viáveis por longos períodos, vestuário, pneus, caixas de madeira, papelão, plástico e ferro. Esta é a razão principal da obrigatoriedade da implantação do sistema de mitigação de risco da sigatoka negra para que os estados contaminados possam comercializar sua produção sem embaraço fitossanitário.
Além de Santa Catarina os estados Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo, formam os estados oficialmente contaminados com a praga.
A Cydia pomonella) conhecida como traça da maçã, a mariposa é considerada umas das pragas mais importantes da maçã no mundo. A praga não foi detectada nos pomares comerciais de macieira, somente em hospedeiros nas áreas urbanas dos municípios de Lages/SC, Bom Jesus, Vacaria e Caxias do Sul no estado do Rio Grande do Sul. Por causa este status, a C. pomonella é considerada uma praga quarentenária A2, pois se encontra estabelecida em áreas restritas e sob controle oficial das autoridades fitossanitárias.
As principais frutas hospederas, além da maçã, são: ameixa, damasco, marmelo, nectarina, pêra e pêssego. A nogueira européia também esta sendo considerada uma importante hospedeira, haja vista que foram identificados frutos altamente infestados com a praga.
O Programa Nacional de Erradicação da Cydia pomonella, coordenado pelo MAPA e pelos órgãos de defesa sanitária vegetal e que conta com a parceria efetiva de todos os entes da cadeia produtiva da fruta dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná iniciou o trabalho de monitoramento em em1997, quando foram capturados cerca de 22,5 mil insetos em mil e 80 armadilhas nas áreas infestadas. Na safra 2007/2008, portanto dez anos após, foram capturados apenas 51 insetos em mais de cinco mil armadilhas e, em 2008/2009, somente 25 insetos até agora. Lembramos que até o presente momento não foram dectectadas nenhum foco da praga no estado do Paraná.
O cancro cítrico causado Xanthomonas axonopodis pv. citri, é uma bactéria que ataca todas as variedades e espécies de citros e que por isso constitui-se numa das mais graves pragas da citricultura mundial. De acordo com a lista de pragas quarentenárias vigente os estados brasileiros contaminados são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
A pinta preta ou mancha preta foi registrada no Brasil pela primeira vez em 1980, no estado do Rio de Janeiro, afetando pomares comerciais de mexerica. E uma enfermidade causada pelo fungo Guignardia citricarpa, que afeta todas as variedades de laranjas doces, limões verdadeiros, tangerinas e híbridos. Além de Santa Catarina desfrutam do titulo de estados contaminados a Amazonas, o Espírito Santo, o Mato Grosso, o Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, o Paraná, o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul e São Paulo.
A vespa-da-madeira, Sirex noctilio foi introduzido no Brasil em 1988 e tornou-se a mais séria ameaça aos plantios de Pinus no país devido ao seu rápido estabelecimento, colonização e dispersão. O prejuízo às árvores é causado pelas larvas do inseto que se alimentam dos tecidos da planta. Na verdade as larvas consomem uma espécie de fungo simbionte, o Amylostereum areolatum, que é introduzida na madeira pelas fêmeas adultas no momento da postura.
A vespa-da-madeira ataca geralmente cultivos de pinus com alta densidade de plantas por hectare. Ela é extremamente nociva e muito agressiva em povoamentos mal formados ou submetidos a algum tipo de estresse (nutricional, seca, árvores dominadas, outros ataques de pragas, etc.).
Os sintomas externos do ataque da vespa são no terço médio superior da árvore, principalmente de setembro a janeiro, sendo notados pela presença de resina nos furos causados pelo ovipositor da fêmea. Após isso, começa a haver "queima das acículas" e afrouxamento da casca da árvore. As árvores atacadas perdem a coloração verde, ficando posteriormente com acículas marrom-avermelhadas, quando iniciam queda, evidenciando a sua morte.
Além de Santa Catarina Minas a lista de pragas quarentenárias A2 inclui os estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, como regiões com a presença da praga.
Estes são as pragas quarentenárias de Santa Catarina e que necessitam de certificação fitossanitária de origem para que as plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal possam ser comercializadas para o mercado nacional é internacional.
Nos próximos artigos estaremos abordando temas relativos as exigência fitossanitárias para que as unidades de produção possam receber a certificação fitossanitária para seus produtos।
Osmar Volpato
3 comentários:
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