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sábado, 26 de julho de 2008

PRODUÇÃO DE MUDAS CÍTRICAS NUM AMBIENTE DE PROTEÇÃO FITOSSANITÁRIA

A produção de mudas cítricas é uma atividade de grande importância para a região do Alto Vale do Itajaí pelo seu potencial sócio-econômico, gerando riqueza e garantindo ocupação para muitos trabalhadores rurais e urbanos de toda as regiões produtoras.
Trata-se de uma atividade agrícola que vem atraindo grandes investimentos, em virtude da característica que tem a cultura em poder atingir tanto o mercado estadual, em expansão, como o mercado nacional que devido a qualidade do material genético utilizado e do emprego de técnicas modernas de cultivo, tem conquistado produtores de várias regiões do Brasil.
Em SC, a sua exploração é conduzida por mão-de-obra familiar instaladas em minifúndios, localizadas na região do Alto Vale do Itajaí, mais especificamente nos municípios de Rio do Oeste, Laurentino e Pouso Redondo, que juntos somam aproximadamente 50 viveiros com uma produção anual estimada em 1.000.000 mudas.
A muda é o insumo mais importante na formação de um pomar de citros. De sua qualidade genética e fitossanitária, dependerá toda a produção e vida útil do pomar.
Entendemos que a citricultura catarinense, para crescer em bases firmes, deve dar passos rápidos e objetivos no sentido de ampliar o programa de produção de mudas cítricas de qualidade, assegurando padrões genéticos e fitossanitários, nos moldes das melhores iniciativas realizadas em outras regiões do país.
Nesta direção, promover a produção de mudas sadias num ambiente fitossanitário adequado, é uma das condições para evitar a disseminação de pragas de importância econômica até os pomares.
Com este objetivo o serviço de Defesa Sanitária de SC realizará um levantamento do ambiente onde encontra-se a produção de mudas e frutas cítricas no intuito de diagnosticar o real status fitossanitário dos viveiros e dos pomares domésticos e comerciais da região que congrega a área de proteção fitossanitária - APF.
O levantamento de detecção permitirá investigar e avaliar o cenário fitossanitário dos cultivos cítricos, principalmente no que se refere a existência ou não das pragas Xanthomonas axonopodis pv. citri agente causal do cancro cítrico e da Xylella fastidiosa causadora da Clorose Variegada dos Citros, popularmente conhecida como “amarelinho” que colocam em risco a atividade citrícola da região. Permitirá também averiguar a eficácia da vigilância, do controle e do manejo fitossanitário empregados pelos comerciantes e produtores com o propósito de evitar a introdução destas e outras pragas.
O levantamento possibilitará orientar no planejamento das ações a serem implementadas, apontar soluções para os problemas e assim encontrar e indicar as melhores práticas e procedimentos quarentenários para proteger as áreas de cultivos.
Três municípios fazem parte da área de proteção fitossanitária, são eles:
Laurentino, Pouso Redondo e Rio do Oeste cobrindo uma área de 684, 66 km².
Como medidas fitossanitárias para prevenir a introdução e disseminação da praga, fica estabelecido uma área tampão que é formada por todos os municípios adjacentes que fazem divisas com a APF.
A medida permitirá estabelecer um programa de monitoramento sistemático de toda a região como estratégia para aumentar o nível de proteção dentro da área delimitada como APF.
Integram a zona tampão da APF os municípios de Braço do Trombudo. Agronômica, Dona Ema, Mirim Doce, Otacílio Costa, Taió,Trombudo Central, Presidente Getulio, Ponte Alta e Rio do Sul, cobrindo uma área de 3.506,80 Km².
É preciso que todos os atores envolvidos - governo, pesquisa, extensão, associações de citricultores e viveiristas, prefeituras e responsáveis técnicos, trabalhem em sincronia e coordenadamente para garantir a qualidade fitossanitária das mudaS, matéria prima básica para o desenvolvimento da citricultura do Estado.

Osmar Volpato

Um comentário:

Anônimo disse...

bom comeco