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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Corupá será sede do 4º Seminário Sul Brasileiro sobre Bananicultura


O evento acontece nos próximos dias 8, 9 e 10 de Outubro, paralelamente à Bananenfest.O 4º Seminário Sul Brasileiro sobre bananicultura e o 3º Seminário Regional de bananicultura são eventos técnico-científicos sobre a cultura da banana. A realização desse evento objetiva a socialização de conhecimentos sobre a bananicultura, reunindo pesquisadores, agrônomos, técnicos, estudantes, produtores e comerciantes de banana, e empresas do setor, além de incrementar o desenvolvimento de atividades sustentáveis, sobretudo o turismo de negócios, movimentando a rede de serviços turísticos.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Avanço do Percevejo bronzeado do eucalipto preocupa reflorestadores


De origem australiana, o Thaumastocoris peregrinus, foi encontrada na África em 2004 apresentando grande potencial de dano, como a desfolha e clorose nas árvores. E, desde novembro de 2005, já estava em áreas nos arredores de Buenos Aires, na Argentina e também no Uruguai.
Em fevereiro de 2008 foi detectada no Brasil, em Jaguariúna.
De acordo com os especialistas, a praga mede cerca de três milímetros e coloca seus ovos sobre as folhas. Quando eles eclodem, as ninfas passam a sugar a seiva da planta. Inicialmente, as folhas atingidas ficam esbranquiçadas. Com o tempo, a planta passa a tons marrons ou avermelhados. Daí o nome do inseto de percevejo “bronzeado”. Quanto à sua biologia, a reprodução é sexuada - presença de machos e fêmeas. Cada fêmea pode ovipositar 60 ovos, em média. Os ovos são pretos e colocados agrupados na folha. A fase ninfal dura aproximadamente 35 dias, podendo ter várias gerações ao longo do ano, quando o clima é favorável ao inseto. O dano se verifica com a queda de folhas, que pode ser total nas plantas mais suscetíveis, como a espécie Eucalyptus camaldulensis. Porém, o percevejo se adaptou muito bem aos clones híbridos como o “urograndis”, muito plantado no Brasil.
A praga também foi detectada em 2008 em dois municípios do estado do Rio Grande do Sul e durante o inverno não provocou danos. A tendência é que se disperse durante o verão. A preocupação aumentou em razão da sua ocorrência também no estado de São Paulo. Em Jaguariúna, depois de dois meses, as árvores apresentaram-se inteiramente desfolhadas. Uma vistoria confirmou a presença do inseto também em Campinas, SP, na região do Aeroporto Internacional de Viracopos e no entorno de São Paulo, principalmente na região de Barueri e em outros municípios do estado: Itu, Sorocaba, Piracicaba, Santa Bárbara do Oeste, Limeira, Anhembi, Botucatu e Avaré.
Como a disseminação do inseto parece seguir o traçado das rodovias, a tendência é que se espalhe pelo oeste paulista, além de poder atingir os estados do Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Também em 2009 foram localizados adultos da praga em árvores de eucalipto na Rodovia BR 277, já no perímetro urbano de Curitiba, PR pelo pesquisador Leonardo Barbosa da Embrapa Florestas (Colombo, PR).
Já foram realizadas vistorias em alguns municípios mineiros sem que o inseto fosse encontrado até o momento.
Em Santa Catarina foram realizadas, de forma isolada, alguns levantamentos de detecção da praga ao longo da BR 101 e não foi detectada a presença do inseto. No entanto é necessário incrementar o trabalho de inspeção para que se possa com clareza expedir um boletim mais preciso sobre a real situação fitossanitária do estado. O alerta do órgão de defesa sanitária vegetal é para que os produtores e reflorestadores inspecione constantemente seus cultivos. Qualquer sintoma que possa estar relacionado com o ataque da praga deverá ser comunicado imediatamente aos fiscais agropecuários da CIDASC.
De acordo com o pesquisador e supervisor do Laboratório de Quarentena “Costa Lima” da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Luiz Alexandre Nogueira de Sá, o controle biológico dessa praga por meio da importação de vespinhas e parasitóides provenientes da Austrália ou África do Sul seria, neste momento, o método de controle mais adequado e menos impactante para o ecossistema florestal. De acordo com o pesquisador, se planeja a importação e criação em laboratório e posterior liberação, nos hortos florestais de eucalipto, do parasitóide Cleruchoides noackae conhecido como um mirmáride.

Volpato

domingo, 13 de setembro de 2009

Huanglongbing (HLB ou simplismente Greening

O Huanglongbing (HLB) dos citros popularmente conhecido como greening é considerada uma das mais graves pragas da citricultura brasileira, sendo a
sua ocorrência relatada no Brasil no ano de 2005.
Atualmente, três liberibacter: Candidatus Liberibacter asiaticus,
Candidatus Liberibacter africanus e Candidatus Liberibacter americanus, e um fitoplasma (fitoplasma-HLB) estão associados com o HLB. O vídeo abaixo aborda com clareza toda a descrição da praga.

Volpato


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Os 10 mandamentos do consumidor Eco-Friendly


Minimizar o consumo é a forma mais socialmente responsável de agir.

Com a crise econômica mundial, a busca por uma vida sustentável se tornou ainda mais latente. As pessoas estão repensando valores e atitudes; reposicionando o modo de viver e avaliando o impacto dos hábitos de consumo na saúde econômica e socioambiental do planeta. Pesquisas conduzidas pela Voltage em vários países e estudos de vários especialistas mundiais no tema são unânimes ao mostrar que minimizar o consumo é a forma mais socialmente responsável de agir. Na prática, qualquer atividade humana gera impacto, portanto, não existem produtos totalmente sustentáveis; o que temos são produtos que geram menos ou mais impacto ao meio ambiente.

Diante dessa constatação, há um movimento forte em diversas partes do globo que tem impelido o indivíduo a adotar o consumo consciente como parte da rotina. Há vários indicadores desses novos ventos que têm arejado o consumo nacional e nternacional. Um estudo destacado no LS:N Global (LifeStyle News Network) - portal internacional de tendências da The Future Laboratory, representado com exclusividade no Brasil pela Voltage - aponta que fatores como mudanças climáticas, recessão, mercados em processo de fragmentação, consumidores críticos e com habilidades na internet têm revolucionado o setor de hotelaria. Esse consumidor, além de optar por hoteis e resorts ambientalmente responsáveis, valoriza os que possuem equipamentos e dispositivos neutros em carbono. O conceito de "eco-friendly" defende a fidelização do cliente por meio da responsabilidade socioambiental que substitui o turismo predatório.

E o que caracteriza um consumidor eco-friendly? Antes de tudo, a disposição para incorporar o conceito do consumo responsável no cotidiano e o comprometimento em estar atento para identificar produtos, serviços e comportamentos de consumo que são de fato eco-friendly. Fugir das "armadilhas pseudo-verdes" é uma tarefa diária!

Como alusão à necessidade de uma nova conduta, criei 10 mandamentos do "consumidor-verde", que na verdade são dicas para não cair nas armadilhas do consumo pseudo-correto.

MANDAMENTO 1, “REUTILIZE”:
Opte por produtos duráveis, ou seja, por mais que sejam práticos, os produtos descartáveis são danosos ao meio ambiente e geram um lixo desnecessário. Ao adquirir material de escritório, por exemplo, escolha os que permitem recargas: cartuchos de impressão, pilhas e baterias recarregáveis. Reutilizar é a palavra de ordem!

MANDAMENTO 2, “RESISTA”:
Abra mão de sacos, papéis, caixas e envelopes como forma de transportar compras. Esse “lixo do futuro” polui o lençol freático, entope bueiros e exige muita matéria-prima para a fabricação. Adote as eco-bags, mas resista àquelas não produzidas com material reciclável. As “falsas eco-bags” também causam dano à natureza.

MANDAMENTO 3, “APOIE”:
Muitas empresas e organizações-não governamentais investem em produtos recicláveis; ambientalmente corretos. Adquirir esses produtos – identificados em vários supermercados – é um ato de consumo consciente. O Pão de Açúcar, por exemplo, possui desde 2002 o projeto Caras do Brasil, responsável por comercializar produtos sustentáveis de cerca de 70 ONGs.

MANDAMENTO 4, “POUPE”:
Em casa, adote o uso racional de água e luz. Quando for adquirir produtos como lâmpadas, por exemplo, cheque se o supermercado possui as que aumentam a eficiência do consumo; as fluorescentes. As incandescentes usam apenas 10% da energia consumida pelas convencionais – que desperdiçam 90% da energia com a produção de calor. A economia das lâmpadas fluorescentes chega a 80% e a vida útil é de oito mil horas versus mil horas das incandescentes.

MANDAMENTO 5, “SE INFORME”:
Você sabe a procedência da carne que consome? Você sabia que supermercados como Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart anunciaram a decisão de suspender a compra de carnes produzidas em fazendas envolvidas com o desmatamento da Amazônia? Recentemente, o Greenpeace divulgou um relatório com informações que ligavam a produção de couro e carne com o desmatamento ilegal. Sem informação, o consumidor não pode ser consciente e atuante. Mas, com a informação certa, pode ser um consumidor melhor; um cidadão melhor. Para consumir informação de qualidade, acesse (via internet, imprensa etc) organizações como o Instituto Ethos, Akatu, Abrinq, Greenpeace, Idec, Pro Teste, Procon, Compra Consciente, Reclame Aqui… Essas entidades disponibilizam informação de qualidade e gratuita!

MANDAMENTO 6, “INVESTIGUE”:
Você sabe o que está por trás da marca que consome? Quais são as práticas e processos? Qual o envolvimento das suas marcas preferidas com ações sustentáveis? É tarefa do consumidor “investigar” o impacto ambiental e as ações de marketing sustentável das marcas preferidas. Ao adquirir produtos de empresas socialmente responsáveis você está exercendo o papel de agente de transformação da sociedade. Com o advento da internet e a globalização da informação, você sabe exatamente como, onde e de que forma a marca produz.


MANDAMENTO 7, “LEIA EMBALAGENS”:
Parte principal do cuidado para evitar comprar falsos eco-friendly passa pela leitura das embalagens. Os produtos com credenciais eco-friendly tornam essas características claras no nome, design, embalagem. Produtos que foram produzidos de maneira responsável costumam “reportar” ao consumidor; os ingredientes ou processos de produção são diferentes dos produtos ‘padrão’ da categoria. Como exemplo, a linha ‘bio pure’ possui nome e design que remetem à pureza e à origem orgânica. Mas, a maioria da linha usa os mesmos ingredientes que cosméticos comuns, não há indício nenhum de serem produzidos de forma ambientalmente responsável.

MANDAMENTO 8, “SEJA BRASILEIRO”:
Opte por produtos nacionais, especialmente da região do país em que você reside. Isso porque quanto maior a distância percorrida pelo produto para chegar ao supermercado, maior a emissão de carbono gerado pelo transporte. Produtos importados geram emissões maiores, pois exigem embalagens mais reforçadas.

MANDAMENTO 9, “SEJA NATURAL”:
Os produtos orgânicos devem ser privilegiados na compra porque o modelo tradicional de agricultura de larga escala é insustentável para o meio ambiente, consumidores e produtores. Problemas de erosão, baixa produtividade das terras e culturas, doenças como vaca-louca, febre aftosa e contaminação por dioxina fizeram com que a opinião pública prestasse mais atenção para onde caminha nossa alimentação. Vários estudos têm mostrado que os agricultores orgânicos que seguem um enfoque agroecológico conseguem resultados satisfatórios em vários aspectos ligados à sustentabilidade. E como identificar os produtos orgânicos? O selo de qualidade orgânico é um indicativo de que os alimentos foram produzidos e processados de acordo com as normas orgânicas, o que significa um adicional de qualidade agronômica quando comparado ao alimento convencional. Como exemplo, cito os produtos Korin. Em parceria com o Centro de Pesquisa Mokiti Okada, a Korin Agricultura Natural, mantém um programa de pesquisas para desenvolvimento da agricultura natural. São feitas pesquisas para o manejo de aves e a produção de hortifrutigranjeiros (frutas, verduras, legumes e ovos), com alto padrão de qualidade, absolutamente naturais, sem a utilização de agrotóxicos ou adubação química.

MANDAMENTO 10, “CERTIFIQUE-SE”:
Uma alusão à necessidade do consumidor consciente se familiarizar com certificações ecológicas/orgânicas; selos que certificam a sustentabilidade de produtos. Com critérios distintos, os selos não garantem o impacto mínimo do produto, por isso, é importante saber quais os critérios de cada um para conceder a chancela aos produtos. Existem produtos importados comercializados no Brasil que receberam certificação ecológica de organizações estrangeiras. Um exemplo é o rótulo ecológico da União Européia que pode ser encontrada nesta gama de produtos de limpeza, vendida no Brasil. Entre as certificações, destaco a Associação de Certificação Instituto Biodinâmico (IBD); a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Associação de Agricultura Orgânica, entre outros.

Paulo Roberto Al-Assal
Fundador e diretor-geral da Voltage