segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Permanência do jovem produtor rural no campo – Qual a Perspectiva?
A agricultura catarinense tem como um dos seus mais importantes desafios, frente à necessidade de disponibilizar ao mercado alimentos com qualidade e quantidade atreladas a preservação dos recursos naturais, implementar um conjunto coerente de incentivos para a permanência e instalação dos jovens nas zonas rurais, quer como produtor, empreendedor rurais ou como prestador de serviços dirigidos a exploração agrossilvipastoril.
É estratégico e imperativo para o país e fundamentalmente importante para Santa Catarina, em razão das características fundiárias das nossas propriedades, rejuvenescer os agentes que dão sustentação a produção agropecuária e florestal do estado.
Temos observado que os incentivos e os esforços dispendidos pelas autoridades não tem amenizado o êxodo que vem ocorrendo de forma continua e sistemática ao longo dos últimos anos.
As politicas públicas e os recursos disponibilizados não tem sido suficientes para atrair os jovens remanescentes da zona rural a se profissionalizarem e investirem na atividade que é, por natureza, de elevado risco econômico.
É consenso nos mais variados setores da agricultura que todas as politicas devem ser focadas no sentido de consolidar uma agricultura que esteja em constante evolução e que seja rentável e sustentável, bem como buscar mecanismos de estabilização dos rendimentos e agregação de valor, mesmo dentro de um contexto de grande volatilidade de preços e dos custos de produção, cujos agentes e o mercado estão diretamente submetidos.
Políticas de compensação financeira, em razão dos elevados padrões de exigências ambientais, sociais e de bem estar animal impostos compulsoriamente aos produtores mediante normas e regulamentos, devem ser implementadas e aperfeiçoadas constantemente em todos os âmbitos da produção agropecuária. Vale lembrar que o jovem rural, munido pela sua vocação e educação transformadora, identifica, no seu horizonte profissional, a sua permanência no campo, vontade esta, indispensável para garantir a sobrevivência da atividade na zona rural.
Temos clareza e consciência da importância de se levar informação, conhecimento e perspectiva de vida aos jovens rurais, capacitando-os para continuar produzindo com esmero e em um nível de rentabilidade que lhe atraia, reconheça e valorize o trabalho de campo.
Entendemos que os jovens produtores rurais tem que se sentirem protagonistas deste movimento e consequentemente do fortalecimento da agricultura familiar.
Para que os efeitos deste cenário nada animador possam ser amenizados, a sociedade deve cobrar dos governos constituídos, ações e políticas públicas que gerem e assegurem o desenvolvimento e o apoio consistente na disponibilização de crédito, inovação tecnológica, assistência técnica, capacitação e organização da produção, como instrumentos que gerem perspectivas segura ao jovem optar a permanecer e viver no meio rural.Eng° Agrº Osmar Volpato
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