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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Produtor rural e seu papel como guardiã da sustentabilidade


Muitas vezes o cidadão urbano não se da conta do papel estratégico que exerce, na sociedade, os produtores rurais espalhados pelo país afora e aí a nossa insensibilidade de dar o devido reconhecimento para essa importante comunidade. Porém nunca é demais lembrar que além deles terem a responsabilidade legal de produzirem alimentos com segurança e inocuidade alimentar desejada pela população, os agricultores brasileiros prestam à sociedade, em geral, uma série outros de serviços, “não remunerados”, que passam despercebidos pela população. Para que possamos dimensionar o cenário em que está inserida a atividade agropecuária do Brasil, lembramos que aproximadamente 99% do território brasileiro é caracterizado legalmente como zona rural, ou seja, somente, em torno de 1% do solo brasileiro é classificado como área urbana ou urbanizada, ocupadas assim por seus habitantes com edificações residenciais e comerciais. Como podemos perceber o tamanho território rural no Brasil é muito maior do que muita gente imagina. Como não poderiam ser diferentes as áreas rurais constitui-se numa reserva riquíssima de recursos naturais, ambientais e culturais e, queiram ou não, a população agrícola é a principal guardiã desses recursos. Por isso, torna-se fundamental apoiar e promover ações que visam a preservação do meio rural, através da melhoria das condições de vida dos que nele vivem, assim como estimular a multifuncionalidade da agricultura e principalmente aquela originária da pequena propriedade rural familiar.

A pergunta que não se cala é: com base neste cenário não seria o momento das autoridades constituídas estabelecerem como pilar da sustentabilidade uma política de desenvolvimento rural, através da qual se reforce o setor agropecuário e silvícola de forma a melhorar a competitividade das zonas rurais com vistas a preservação do ambiente e do patrimônio rural ?
Entendo que ações políticas desta natureza proporcionariam uma melhor competitividade dos setores agrícola e florestal e consequentemente promoveria um estimulo a qualidade e a inovação tecnológicas das empresas e dos estabelecimentos agrícolas, o que contribuiriam em muito na preservação dos mais diferente agroecossistema do país.

Osmar Volpato