Comunicamos aos colegas que foi registrada a primeira ocorrência do ácaro Schizotetranychus hindustanicus em folhas e frutos de limão tahiti e limão galego no município de Boa Vista no estado de Roraima. Mais conhecido como ácaro hindu do citros, esta praga possui registro de ocorrência na Índia e mais recentemente na Venezuela, de onde provavelmente ingressou para o Brasil.Os relatos dão conta que a praga provoca sérios danos as folhas e frutos de plantas pertencentes a família das Rutáceas com destaque para as espécies cítricas, cujo sintoma aparecem através de pequenas manchas esbranquiçadas.
Além dos citros a praga também é hospedeiras de plantas das famílias das Arecaceae (Palmae): Cocos nucifera, Fabaceae: Acacia sp., Fabaceae: Acacia sp., Meliaceae: Azadirachta indica , Melia azedarach, .Meliaceae: Azadirachta indica e Poaceae: Sorghum vulgare.
Os ácaros pertencem ao Filo Arachnida (gr. Arachne = aranha) que inclui as aranhas, escorpiões, pseudo-escorpiões e afins, e ao Subfilo Chelicerata (gr. Chele = garra + keros = corno).
Constituem um grupo de pequenos invertebrados que podem ser encontrados praticamente em todo o planeta, colonizando com sucesso os ambientes terrestre e aquático. O total de espécies conhecidas destes organismos, hoje é estimado em 50.000.
Muitas destas espécies são hospedeiras de plantas utilizadas em cultivos agrícolas de grande importância econômica e que vêem causando expressivos prejuízos a atividade agropecuária mundial. O Brasil apesar de algumas informações disponível pela comunidade científica, ainda carece de estudos técnicos sobre as principais espécies presentes nos mais diferentes e importantes agroecossistemas brasileiros. O aprofundamento e o aprimoramento do conhecimento sobre a biologia e a epidemiologia destas pragas continuam sendo o maior desafio dos nossos cientistas e pesquisadores que tem a nobre missão de desvendar os mistérios destas populações de forma que se possa estabelecer uma relação de equilíbrio e convivência com as espécies em relação ao seu dano.
Para que não haja risco de disseminação dessa praga para outros estados do Brasil, o escoamento da produção de citros da região contaminada foi interrompido e a área esta sendo monitorada pelos técnicos do serviço de defesa sanitária vegetal। Somente após a conclusão da analise de risco da praga realizada pelo Ministério da Agricultura é que serão dados os encaminhamentos fitossanitários a respeito da praga।
Osmar Volpato
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